domingo, 5 de abril de 2020

Vai ficar tudo bem se mudarmos. Por dentro.



Vai ficar tudo bem se mudarmos. Por dentro.

No grito da Terra há um poema de dor e amor. Há um corpo que se manifesta em Planeta. Há sangue que pulsa nas veias da infinita sabedoria. Há um coração que anima todo o Universo...
Escutemos.
A realidade mudou. Ou terá sido apenas a forma como olhamos para ela? Depois do olhar incrédulo, do sentimento de impotência, do isolamento, do desvendar de fragilidades desruptivas existentes e do colapsar de uma estrutura humana desumanizada e de um sistema social e económico imperfeito, é tempo de mudarmos. Por dentro.
Há tanto tempo que já é tempo...
Ficar imerso em 1001 atividades, não vai resolver o problema. Ficar em letargia, à espera que alguém o resolva, também não.
E sabes qual é o problema?
Ficar em casa neste momento é um bem necessário. Contudo, isso não faz com que tudo passe como por magia e que regressemos num belo dia àquilo que era considerado "normal". O normal estava implementado numa sistémica normalidade antinatural. Essa estrutura sempre foi insustentável.
Não é assim que "vai ficar tudo bem", nem que o repitas vezes intermináveis. Só vai ficar tudo bem se agires, se fores um agente de mudança. É preciso agir. Por dentro.
O problema centra-se na tua/nossa consciência. Na falsa e já destronada crença de que eramos invencíveis, seres dotados de inteligência que se expandiam num crescente sucesso e manipulação das leis naturais e da vida. Desconectamo-nos e perdemo-nos de nós mesmos num sono de apatia e miopia.
Estamos há muito em desequilíbrio. Urge a definição de uma estratégia individual, que se irá manifestar no coletivo. De um novo caminho, uma nova forma de agir enraizada na reverência pelo mundo natural e fundamentada numa atitude de reciprocidade, para assim restaurarmos o equilíbrio. Connosco mesmos e com os outros. Com a Terra. Este é um direito e uma responsabilidade individual e coletiva.
Esta é a oportunidade para criarmos uma nova realidade construída sem mentiras perfeitas. Por dentro.
Haja alinhamento no essencial e naquilo que verdadeiramente suporta e nutre a Vida. E é tanto e tão pouco...
Da aparente monocromia da vida, do preto e branco intemporal, do invisível, mas existente poder criador, é urgente rasgarmos horizontes neste tempo anunciado.
E cumprindo esta jornada solitária, nas altas montanhas da existência, que possamos descobrir o espaço, a palavra, a cor, o voo... este Agora.
Como? De coração. Por dentro.
De dentro para fora.
💙

sábado, 4 de abril de 2020

Carvalho de Calvos, Braga.


Do livro ÁRVORES DO AMOR - AS ÁRVORES MISTERIOSAS DE PORTUGAL

O maior Carvalho de Portugal
Bouça da Tojeira, Calvos, Povoa do Lanhoso, Braga

A idade desta árvore monumental está calculada em 500 anos. Tem 23 metros de altura, 7,4 metros de diâmetro médio do tronco e uma copa impressionante, com cerca de 40 metros de diâmetro.
Este Carvalho-alvarinho está classificado como árvore de interesse público desde 1997, razão pela qual já houve tempo para construir nos terrenos em volta um centro interpretativo.

Texto Anabela Fernandes
Fotografia Zito Colaço