segunda-feira, 31 de março de 2014

Sabia que...


Erva anual rasteira de flores semelhantes a um malmequer, amarelas na margem e negras no centro.


ERVA-GORDA 

A Arctotheca calendula é uma espécie pertencente à familia botânica das Asteraceae ou Compositae, fácilmente reconhecível pela sua flor característica, tipo malmequer.
É uma planta muito vistosa, infelizmente também uma terrível invasora. Esta planta é nativa da África do Sul mas foi introduzida acidentalmente ou com fins ornamentais noutras regiões entre as quais, Australia, Nova Zelandia, Peninsula ibérica e Estados Unidos onde se naturalizou com grande rapidez e onde é agora considerada uma invasora muito difícil de erradicar.
Em Portugal é proibido o seu cultivo ou uso como planta ornamental pois apresenta um comportamento invasor manifesto sendo uma espécie muito perigosa para os ecossistemas naturais nomeadamente os sistemas dunares. Esta planta reproduz-se com grande facilidade e rapidez pois não só lança grandes quantidades de sementes que perduram no tempo, como também produz estolhos subterrâneos que formam novas plantas. Desta forma ocupa os espaços de forma exagerada, abafando as plantas nativas. Vale a pena recordar que se entende como “espécie invasora” uma espécie suscetível de, por si própria, ocupar o território de uma forma excessiva, em área ou em número de indivíduos, provocando uma modificação significativa nos ecossistemas.

A Arctotheca calendula, vulgarmente conhecida por Erva Gorda, é uma planta herbácea de pequena envergadura, de ciclo anual, sem caule ou com caules folhosos deitados sobre o solo, desenvolvendo-se a partir de uma roseta basal.
As folhas são de cor verde escuro, dispostas de forma alternada e divididas em segmentos até meio do limbo, com o segmento terminal arredondado e muito maior que os laterais. A página superior das folhas tem pelos finos que são muito mais densos e moles na página inferior, formando um feltrado esbranquiçado dificilmente é visível à vista desarmada.
As inflorescências dispõem-se em capítulos solitários com 3 a 5 cm de diâmetro, no topo de longos pedúnculos, peludos e sem folhas.
As flores do disco são negro-esverdeadas. As flores marginais do disco são estéreis apresentando lígulas amarelas mais pálidas na parte superior e com laivos púrpura na parte dorsal. As flores do interior do disco são tubulares e hermafroditas.
Este conjunto é protegido por um invólucro de brácteas dispostas em varias linhas imbricadas, as externas herbáceas com margem membranosa seca, as internas completamente membranosas e secas e terminando em ângulo obtuso.

Os frutos são cipselas, isto é, frutos secos com uma só semente e formados por uma parte basal, o aquénio, que está provido de pequenos ganchos densamente lanosos para favorecer a sua adesão ao pelo dos animais, e de um ápice plumoso, o papilho, geralmente em forma de guarda-chuva, o que facilita a dispersão pelo vento. Esta planta vive preferencialmente em locais húmidos mas também ocupa zonas arenosas e áridas, florescendo de março a junho.
Fotografias Zito Colaço 

 

 

Zito Colaço, em representação do projecto Love Trees, colaborou na 21ª Jornada Nacional de Educação Ambiental, organizada pela ASPEA, em parceria com o ICNF e com a C.M.Almada, na Área Protegida da Arriba Fóssil da Caparica.

 "PEQUENO BOSQUE ENCANTADO", Mata dos Medos da Caparica.
 Poemas de Pablo Neruda.
Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos
 Pilar Miguel/ICNF-PPAFCC (Antropóloga) e Madalena Mendes (Professora), ao centro.
 "CASAL DE NUVENS A NAMORAR", ao centro.
 "A SEREIA", Pinheiro-manso (Pinus pinea).
 Victor Reis (Escritor).
 
 Breve explicação sobre botânica aos professores, na Mata dos Medos.
 "A BAILARINA DA ARRIBA", Pinheiro-bravo (Pinus pinaster).
 Mário Estevaens/C.M.Almada (Geólogo).
 Mário Tavares (Cientista).
 "ALIEN TREE", Pinheiro-manso (Pinus pinea) - Árvores Misteriosa da Mata dos Medos.
 Patrícia Silva/C.M.Almada (Bióloga).
Zito Colaço/Love Trees Project (Foto-Jornalista).
 
Organização
Love Trees Project - Sensibilização e Conservação da Natureza
Instituto de Conservação da Natureza e Floresta/Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica
Câmara Municipal de Almada
Associação Portuguesa de Educação Ambiental

Vem conhecer as Árvores Misteriosas da Mata dos Medos na Caparica - A Bailarina

"A Bailarina", Pinheiro-manso(Pinus pinea)
 
Passeio Pedestre Conhecer as Árvores Misteriosas da Mata dos Medos /3h
Local - Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica
Ponto de Encontro - Parque de Merendas em frente à G.N.R. da Fonte da telha
A caminhada é gratuita mediante apresentação da tshirt LoveTrees.
Em caso de acidente, a responsabilidade é do participante, bem como quaisquer danos cometidos pelo mesmo.
Mais informações:zitocolaco@gmail.com

O projecto Love Trees iniciou um estudo para combater o avanço das "invasoras" na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica

 Pinheiro-bravo(Pinus pinaster) e Acácia-Austrália (Acacia melanoxylon) no Pinhal da Aroeira
Cardo-marítimo(Erygium maritimum) e Chorão-das-praias(Carpobrotus edulis) na Fonte da Telha
 
PLANTAS INVASORAS

Acácia-Austrália
A Acacia melanoxylon, também chamada no Brasil de acácia-negra ou acácia-preta, é uma espécia de acácia nativa da Austrália oriental, caracterizada por sua alta estatura, chegando a medir 45 metros de altura.
O nome acácia é dado a várias espécies de árvores do gênero Acacia pertencentes a família Leguminosae e a subfamília Mimosoideae.
Em Portugal é chamada Acácia-da-austrália e tem carácter invasor, propagando-se por sementes. A época de floração é no início da Primavera (Março, Maio), apresentando a floração a cor creme. O fruto é uma vagem em forma de S. Não tem exigências quanto ao tipo de solo, mas prefere solos ácidos. Sofre em situações de seca. Encontrada isolada ou em grupo. Tem um crescimento rápido, sendo considerada uma árvore de médio porte — altura: 10 a 15 m — diâmetro: 7 m.
Árvore de folha persistente, robusta, de porte erecto e simétrico, de copa densa. Os ramos são geralmente horizontais ou um pouco pendentes. As folhas são elípticas, lanceoladas ou oblanceoladas, de 6 a 14 cm de comprimento, um pouco coriáceas, de cor verde escura, com 3 a 5 nervuras longitudinais e ápice agudo ou obtuso. Nos exemplares jovens é característico o polimorfismo folear. As inflorescências surgem em ramos axilares mais curtos que os filódios, são capítulos globosos de um amarelo pálido ou creme com 5 a 10 mm de diâmetro.

Chorão-das-praias
Carpobrotus edulis, conhecida pelo nome comum de chorão-das-praias, é uma espécie de planta suculenta, rastejante, nativa da região do Cabo, na África do Sul. Em regiões com clima semelhante, como o Mediterrâneo e partes da Austrália e Califórnia, escapou ao controle humano e tornou-se uma espécie invasora.
O Carpobrotus edulis é um caméfito rastejante com longos caules escamosos que podem atingir vários metros de comprimento, enraizando nos nodos.
As folhas são carnudas, com ângulo dorsal serrilhado, de 40 a 80 mm de comprimento e de 8 a 17 mm de largura, secção triangular (formando um triângulo aproximadamente equilátero quando seccionadas perpendicularmente ao seu eixo principal) e ápice aguçado, verde brilhantes quando jovens, com laivos avermelhados quando envelhecidas, principalmente ao longo dos rebordos. As superfícies adaxiais e laterais são distintamente côncavas, particularmente em períodos de maior secura. Grandes células translúcidas à superfície das folhas jovens produzem uma superfície brilhante que se assemelha a folhas matizadas por geada (daí a planta ser conhecida por ice-plant, ou seja planta-do-gelo, em inglês).
As flores têm estaminódios semelhantes a pétalas, amarelos a purpurescentes. Os estames são numerosos (400 a 600), amarelos, agrupados em séries de 6 ou 7 unidades. Cada flor tem 8 a 10 estiletes livres sobre um ovário cónico, ligeiramente comprimido na sua parte basal e convexo no topo.
O fruto, popularmente designado por figo dada a sua semelhança com um sicónio, é comestível, passando de verde a amarelo ou avermelhado com o amadurecimento e produzindo um odor pungente quando esmagado.

Fotografias Zito Colaço

quinta-feira, 27 de março de 2014

Amantes da Natureza - Vera Carvalho



Vera Carvalho é natural de Sesimbra e participou recentemente no programa de televisão Masterchef, dedicado a cozinheiros amadores.
 
Para além de escritora de viagens, culinária e sustentabilidade, a Vera é apaixonada e uma activista da alimentação saudável à base de produtos vegetais, defendendo que se deve limitar o consumo de produtos de origem animal por uma questão de saúde pessoal e global. Defende que o veganismo e o vegetarianismo são as dietas do futuro e que estarão na origem da nossa evolução como raça.
 
Actualmente, desenvolve dois projectos, o Eating Tales ( www.theatingtales.com), um blog de viagens e culinária com uma websérie em video que conta já com um episódio sobre agricultura biológica e o Comer Amor, uma empresa de catering e workshops d alimentação vegetariana e sustentável. ( www.facebook.com/comeramor)
 
Sonha com o seu próprio programa de culinária e planeia editar muito em breve o seu primeiro livro de receitas.
 
Texto Vera Carvalho
Fotografias Zito Colaço

quarta-feira, 26 de março de 2014

Oliveira Olea europaea, Fundação Champalimaud, Lisboa, Portugal.



 A Fundação Champalimaud, formalmente Fundação Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud, é uma fundação portuguesa de apoio à investigação biomédica.

Como tudo começou...



Comemora-se hoje o 9ºAniversário do projecto Love Trees - Sensibilização e Conservação da Natureza. Muitos Parabéns.
 
Um especial obrigado ao Instituto de Conservação da Natureza e Floresta / Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica e a todos aqueles que acreditam neste projeto.
 

quarta-feira, 12 de março de 2014

Amantes da Natureza - Zito Colaço

Cobra-gigante da Arriba Fóssil da Caparica
Escorpião-gigante da Arriba Fóssil da Caparica

Zito Colaço, como é conhecido profissionalmente , nasceu, Luís Alexandre dos Santos Colaço, em Almada em 1977. Cedo percebeu que mexia com fotografia e era a fotografia que mais mexia consigo. Por altura do serviço militar obrigatório, trocava a limpeza da G3 pela clássica Canon AE1 e produzia , na semana de campo, um dos seus primeiros trabalhos fotográficos. Em 1996, foi instruendo no Instituto Português de Fotografia e, logo nos três anos que se seguiram, publicou em vários jornais e revistas nacionais.

Atualmente, é jornalista, e trabalha como repórter-fotográfico numa empresa prestigiada.

Love Trees Project - Sensibilização e Conservação da Natureza


A Floresta, esse lugar mágico que já existia antes da humanidade e que, por isso, começou por inspirar medo, exerce ainda hoje um fascínio que se adensa quanto mais nos afastamos dela, em direcção às cidades. E o que acontece quando é a cidade que se aproxima, perigosamente, da floresta? O projecto Love Trees, pretende sensibilizar para a conservação e preservação da natureza e está associado a várias actividades neste âmbito, tais como, exposições de fotografia, palestras, workshops de fotografia de natureza, cursos de sobrevivência, actividades pedagógicas, música, organização de caminhadas e passeios pedestres. Pretende partilhar uma nova visão de conservar a natureza, defendendo e valorizando os princípios de actuação que contribuem para o desenvolvimento de uma consciência e de uma cultura ambiental mais sustentável, incidindo, para isso, sobre um universo muito próprio: Os pinheiros mansos (Pinea pineas) da Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, parte integrante da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, uma floresta que, dada a sua proximidade com Lisboa, tem tanto de rico e fascinante como de desconhecido por parte de quem a cruza para chegar às praias, das mais procuradas durante o Verão por razões óbvias. Detentora de uma fauna e flora riquíssimas, esta mancha florestal a escassos dez minutos da capital portuguesa está, porém, ameaçada pelo avanço urbanístico ditado por essa mesma proximidade. É, pois, urgente, que se despertem consciências. Mas nem sempre isso tem de ser feito pelas vias institucionais ou, sequer, tradicionais.

A ideia nasceu de um amor pela floresta de um habitante local. Mas também de um ímpeto criativo. Luís Alexandre dos Santos Colaço, ou Zito Colaço, como é conhecido profissionalmente, é Jornalista - Repórter fotográfico. Nasceu, assim, um projecto para um livro Love Trees. Imagens a preto e branco retratando as estranhas formas que os pinheiros mansos adquirem, dadas as características do local onde crescem (no topo de uma arriba junto ao mar e sujeitos à acção dos ventos), com poemas de Nuno Miguel Dias, jornalista de viagens, é uma obra gráfica. Mas LoveTrees é também uma exposição de fotografias itinerante, um blogue e um filme. Extrínseco a esta vertente mais criativa, há, contudo, um conjunto de actividades pedagógicas que visam um público menos desperto para as artes, sensibilizando-o para a urgência de conservação deste lugar único: Passeios pedestres e workshops organizados no próprio local ou no Bilma Camp. Para além da sua preenchidíssima agenda laboral e do Projecto Love Trees, Zito Colaço foi o criador do projecto Bilma - Comunicação e Imagem, Ao Pé do Mundo - Grupo de Caminhadas e Passeios Pedestres, faz cinema e dá formação de fotografia de Natureza.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Caminho das Oliveiras Milenares, em Monsaraz, Portugal.

Caminho das Oliveiras Milenares", em Monsaraz.

Verdadeiras testemunhas do tempo que passou por terras Alentejanas. Magnificas Oliveiras Milenares, onde se destaca uma oliveira com 2.450 anos, a segunda Oliveira certificada mais antiga de Portugal. Datada com uma precisão de 98% pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, esta oliveira com 2450 anos vem acrescentar, mais uma estrela ao magnífico Hotel Rural Horta da Moura em Monsaraz. Um Olival com tantas histórias para contar.

Fotografias Zito Colaço
Agradecimentos Hotel Rural Horta da Moura, Monsaraz, Portugal.

Olival Milenar do Hotel Rural Horta da Moura ao amanhecer.
Oliveira Olea europaea , com 400 anos
Olival recém transplantado.
Oliveira Olea europaea, com 1330 anos
O Lago
Oliveira do lago
Caminho das Oliveiras
Folhas de Oliveira
Olival do Hotel Rural da Horta da Moura
Oliveira Olea europaea, com 705 anos
Oliveira Monge
Oliveira Olea europaea, com 965 anos em segundo plano
Oliveira Serpente
Oliveira Adamastor
Segunda Oliveira mais velha de Portugal, com 2450anos
Oliveira Olea europaea, com 986 anos

Olival Milenar
Oliveira Olea europaea, com 1370 anos
Oliveira Fantasma


Hotel Rural Horta da Moura.
Flores dos jardins do Hotel
Piscina do Hotel com vista para o Olival Milenar.
Oliveira ao amanhecer.
Oliveira E.T.
Alqueva
Monsaraz