Amendoeiras em flor no Hotel Rural da Horta da Moura, em Monsaraz, Portugal.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Alqueva - Um imenso Mar interior, em Monsaraz, Portugal.
O IMENSO MAR INTERIOR
Guadiana e Degebe uniram os seus braços de água e construíram uma paisagem única...
É a bacia de Alqueva, o Grande Lago, o mar interior do Alentejo.
Para navegar, contemplar e sonhar.
Sempre à vista das muralhas das praças-fortes de Monsaraz e Mourão, com memórias da Aldeia da Luz, aromas de esteva e as cores de que o sol de Alentejo sabe pintar as águas e as árvores que descansam nas margens.
Agradecimentos Hotel Rural Horta da Moura, Alqueva-Monsaraz, Portugal.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Lost in the trees - Capa
LOST IN THE TREES
Toda a criação é feita em três actos. O psicodrama individual de potência, movimento e expansão é um espelho reluzente das leis universais da tríade cósmica. Zeus, Athena e Hera. Deus, Pai e Espírito Santo. Brahman, Vishnu e Shiva. Uma lógica poeticamente matemática expressa também nos três corpos de Buda: o espaço infinito do Dharmakaya, o campo mental de formas puras do Shambogakaya e a materialização dos elementos terra, ar, água e fogo no Nirmanakaya. E foi a lógica do três, ou do terceiro incluído, se evocarmos também a perspectiva holística e transdisciplinar, que une partícula, onda, céu, terra e ser humano e senta à mesma mesa o cientista, o poeta e o místico, que inspirou o acto de criação de Zito Colaço, dando à luz a exposição Lost in The Trees.
Para dar início à sua obra, o fotógrafo também teve de passar por três estágios de ascensão. E para que estes três níveis se harmonizem são sempre inevitáveis a morte e o renascimento. O perder-se para encontrar-se de Florbela Espanca. Porque Kaos e Ordem sustentam o jogo de sombras da existência até que a visão luminosa e unificadora do Três se manifeste em toda a sua plenitude. Por isso, não é de estranhar que o Zito tenha percorrido o seu labirinto interior, túnel de luz e treva, até que a exposição pudesse nascer com a força de todas as explosões criativas, do Big-Bang à formação de estrelas e planetas, do hominídeo ao homo sapiens, dos primitivos tambores tribais às sonatas de Mozart. Três momentos, três notas rítmicas que fizeram ecoar a melodia de Lost in The Trees. Primeiro, perdeu-se quando numa hora de intervalo em pleno exercício da sua profissão, ou seja fotografar por encomenda sob ordens diárias e rotineiras de várias redacções e produtos similares de media, a sua objectiva avariou. O olhar sobre o mundo, profissional e pessoal, do Zito acabara de desfocar-se. Desfoque que, em vez de ser um contratempo, converteu-se na possibilidade de focar a realidade a partir de um outro ponto de observação. E o novo enfoque deu-se justamente durante essa penosa mas necessária hora de sofrimento e recriação, em que o fotógrafo, para jogar ao jogo de fazer tempo até ao novo telefonema profissional, descobre Sophia de Mello Breyner e abre uma nova página no seu novo manual de focagem: "A árvore antiga/Que cantou na brisa/Tornou-se cantiga”. A história de uma árvore tão gigantesca quanto milenar que, apesar de ser cultuada e respeitada pelos habitantes de uma pequena ilha, impedia os raios de Sol de entrar na comunidade e condicionava o modo de vida dos autóctones, acabando por ser sacrificada, para que novas árvores, folhas e frutos florescessem e partissem rumo fora na madeira de um barco que se tornara sagrado. A árvore renascia em novas formas de vida. E este renascimento o Zito pressente-o quando vê pela primeira vez que o desfoque podia ser nada mais do que um outro enfoque. Um ângulo cinestésico que oferece ao Zito o seu segundo processo de focagem. A sua objectiva havia acabado de renascer. E o Zito também.
Focado numa visão mais ampla, à medida do desfoque técnico da academia, reaprendeu a olhar o essencial do mundo. A nossa passagem pelo Planeta como uma casa, uma morada, um palácio que deve ser tratado com respeito. Um palácio de árvores centenárias, bosques verdejantes e luz cristalina e dourada, que respira ao ritmo do Sol e do Mar. Mata do Medos, ou dunas, como se falava antigamente, por onde as vagas do ar e da água brincam com a terra, o elemento feminino, a contraparte do um, o dois, para chegar ao três. A esta união se chama na Tradição o Amor. E foi preciso o Zito perder o foco dos condicionamentos sócio-culturais e psicológicos bem como dos preconceitos dos juízos de cátedra e diploma na mão, mas que nunca buscam a arte, a paixão e o risco, condimentos essenciais do amor, para focar o Mundo “tal qual” ele é, o que lhe permitiu aproximar a lente da realidade “tal qual é”, expressão budista e vedantina da visão não-dual, igualmente constante da Presença crística, judaica ou islâmica, que é o nossa meta-percurso primordial, expansivo e eterno…
E esse regresso primordial ao feminino da Mãe-Terra, ao Amor de Gaia, ao fogo da paixão que germina no silêncio contemplativo, ou pelo menos numa etapa dele, o Zito aprimorou ainda mais o olhar para focar ainda melhor o essencial do mundo, etapa iniciática de sentido ascendente consubstanciada na redenção, no aconchego, no colo das árvores que ouvem, observam e falam. E neste terceiro estágio em que as árvores são árvores mas são também seres que sentem “tudo de todas as maneiras” (pedindo emprestado o sentir pessoano), o Zito contemplou o jogo terreno, o teatro da vida onde observador e observado se confundem, fotografando aqueles momentos em que as árvores são. E são simplesmente porque “entre a árvore e vê-la onde está o sonho”. E o sonho do Zito chama-se fotografar todas as florestas e bosques do Mundo. Prosseguindo no sonho mas em estado de vigília. Porque Lost in The Trees é um sonho acordado que nos convida a despertar.
Texto: Nuno Costa
Fotografias Zito Colaço
Árvores do Amor - As Árvores Misteriosas de Portugal - Capa
ÁRVORES DO AMOR - AS ÁRVORES MISTERIOSAS DE PORTUGAL
Grandes, pequenas, formosas, circunspectas, imponentes ou frágeis. Dão, sem pedir nada. E são, simplesmente. Respiram, respiram-nos e fazem respirar. Amam, amam-nos e fazem-nos amar. Conta-se que um jovem cavaleiro cansado de travar batalhas infindáveis e de desfecho previsível refugiava-se na floresta. As árvores ouviam-no pacientemente e um dia decidiram falar-lhe.
Amai-vos uns aos Outros.
Como Nós Vos Amamos.
Tomado de assalto pela revelação, o cavaleiro decidiu ali mesmo abandonar a carreira militar e dedicar-se a uma vida nova de aprendizagem com aquelas árvores sagradas.
Estamos certos de que todos teremos muito a aprender com o mistério das Árvores do Amor.
A nossa mensagem também é simples.
Amar-vores uns aos Outros
Como Elas vos Amam
Parece fácil. E é.
Texto Nuno Costa
Fotografia Zito Colaço
Árvores do Amor - As Árvores Misteriosas de Portugal
Floresta Mediterrânica - Capa
RESISTENTES AO TEMPO
Palavras leva-as o vento. Ficam as imagens. Talvez nem elas, porque se as variantes fúnebres dos clássicos também são sombras, restam as memórias. Mas as memórias também não servem, só a vida, chamem-na panteísmo, com A-Theos ou sem A, porque só aquela resiste à erosão e vence a corrida do tempo. Diante do abismo, a Arriba Fóssil da Caparica recorda-nos os precipícios rumo à transcendência. Do oceano infinito, batido mar adentro, a pulsão primordial renasce na Mata dos Medos. A Mata Mediterrânica, de pinheiros mansos e natureza bravia, é o sopro do Finisterra. O silêncio.
A série RESISTENTES AO TEMPO tem como ponto de partida traçar um itinerário para que o espectador entre numa viagem pela Mata Mediterrânica através de um percurso imaginário que nos conduz pela área protegida da Arriba Fóssil da Caparica.
Da Resistência como pulsão primordial da natureza fascina-me este élan vitan presente na força pungente da Mata Mediterrânica, uma sobrevivente que lutou contra ventos e marés para chegar incólume até aos dias de hoje. Numa época de dificuldades sociais e económicas à escala global, interessa-me também a resistência das árvores como arquétipo a repercutir na civilização.
Interessa-me ainda a iconoclastia imagética deste transfinito em que através da resistência os elementos se metamorfoseiam num processo de corrente eléctrica. Do imago grego, é preciso ver além da máscara fúnebre para entender a essência das coisas. Não pelas coisas. Mas pelo que as enforma. Aquilo, além de toda a erosão. O silêncio, a força e a vida da mata. Ou, como alguém lhe chamou, depois das águas primordiais, a árvore da vida.
Texto Nuno Costa
Fotografias Zito Colaço
Texto Nuno Costa
Fotografias Zito Colaço
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Love Trees - Capa
LOVE TREES
Gravei em ti o nome.
Não sei quantos anos passaram. Muitos.
Nem sei, ao certo, o que escrevi, se o nome próprio sem apelido, se vice-versa, ambas, sei lá.Em tua casca, provavelmente, uma caligrafia perdida. Mudei de letra quantas vezes mudei de vida. Mudei-me à imagem de outros até descobrir que, amor de mim, não tinha. Só depois desse me amou alguém. E eu... também. Um amor que me adiou a velhice, feito de gargalhadas e arrepios, calores e frios nos olhos e decisões aos molhos que me pareceram promissoras, na hora.
Não agora. Que me resta um arrepio na memória do tacto. Este estar triste inacto que, só então, é esboço de sorriso. Cheiro de hálitos quentes, som de gemidos clementes de "não pares" e "pára". E todos os dias, num outro leito. Adormeço com o quente aroma do teu cabelo. E acordo na certeza que o meu destino é vê-lo. Um dia em desalinho no meu peito. Enquanto não, procuro-te a ti. No início, sem sucesso. Marco o trajecto para o regresso. Densa floresta, jardim. NÃO! E lá estás. Envelheces-te. Mas continuas bela. Abraço-te. Mas já não te abarco. Guardo na roupa esta mancha de resina que me deste. E leio-me fundo no teu tronco agreste. E decido que é a ti que amo. A mais ninguém.
Poemas Nuno Dias
Fotografias Zito Colaço
Pedras do Amor - As Pedras Misteriosas de Portugal - Capa
Pedras do Amor - As Pedras Misteriosas de Portugal
Grandes, pequenas, toscas e monumentais. Imaculadas, perfeitas e imperfeitas.
Há para todos os gostos e feitios. Uma pedra é muito mais, na sua essência, do que a sua manifestação individual aparenta. Sozinha é símbolo, no seu conjunto é templo.
Por isso, desde sempre os homens a veneraram como uma obra que recria o mistério da vida.
Texto Nuno Costa
Fotografias Zito Colaço
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Vem descobrir as Árvores Misteriosas da Mata dos Medos da Arriba Fóssil da Caparica, Portugal.
"Cobra-gigante", Pinheiro-rastejante Pinus pinaster
"Escorpião-gigante", Pinheiro-rastejante Pinus pinaster
"MamãArriba", Pinheiro-manso Pinus pinea
"AlienTree", Pinheiro-manso Pinus pinea
Zito Colaço ao lado do Pinheiro-manso mais velho da Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, parte integrante da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica
Na Mata dos Medos vivem mais de 200 Árvores Misteriosas - Árvores do Amor
Vêm conhecê-las.
Mais Informações:
zitocolaco@gmail.com
Na Mata dos Medos vivem mais de 200 Árvores Misteriosas - Árvores do Amor
Vêm conhecê-las.
Mais Informações:
zitocolaco@gmail.com
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Será este o maior Pinheiro-manso da Península de Setúbal?
Zito Colaço ao lado do maior Pinheiro-manso da Margem Sul
O pinheiro-manso (Pinus pinea) é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região do Mediterrâneo. Desde a pré-história, esta árvore é aproveitada como fonte de alimento, devido aos pinhões que produz, sendo uma espécie bastante disseminada.
O pinheiro-manso pode exceder os 78 metros de altura, embora normalmente seja de menor dimensão - entre 12 e 20 metros. Possui uma forma de sombrinha bastante característica, com o tronco curto e largo, culminando numa copa bastante plana.
Fotografia Nuno Moreira
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