segunda-feira, 6 de junho de 2016

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Zito Colaço na região de Essounne, em França, a aprender umas "coisas" de fotografia e de árvores.














O meu obrigado a todos aqueles que tornaram esta minha visita relâmpago, muito amável e bastante produtiva. Muito obrigado Turismo de Essonne. Merci beaucoup!


21#I Love Trees Portugal - Junta-te a nós!



Esta sessão faz-me recordar o tema “Jardins Proibidos” (Paulo Gonzo), o tanto que guardamos e o que mais queremos guardar. Perante uma objectiva que desvenda, que revela, mistura-se o guardião com o guardado, o forte com o frágil, a segurança com a instabilidade. Somos feitos dessa seiva da verdade, mas jogamos “às escondidas” para fugir da fragilidade.

Sou dona do tempo, dona da floresta
Dona de tudo e dona de nada
Cabe-me cuidar sem ter, ser sem pertencer
Sei de guardar e proteger o que é meu sem meu ser.
Sei de agradecer
o sol que aquece
a árvore que resiste
o mar que alimenta
a natureza que a tudo assiste.
Existe amar sem despertar?

 Texto Rita Nobre Luz 
Fotografias Zito Colaço

20b#I Love Trees Portugal - Junta-te a nós!


Na Mata dos Medos. Será que aqui morrem os medos? Será que podemos matar o medo? Talvez o Medo só precise de inspiração para ser Amor. Talvez a vida só precise de contemplação para aceitar a sorte. Talvez uma raiz precise dos seus ramos para encontrar o norte. Danço que balanço, balanço que danço. Abraço que toco, toco que abraço. Treme que mexe, mexe que treme. Descoberta a alma incerta. Aberta.


Texto Rita Nobre Luz
Fotografias Zito Colaço

20#I Love Trees Portugal - Junta-te a nós!



O encontro com a Natureza relembra-me de que não existimos enquanto entidades separadas do planeta e do universo, apesar de vivermos com essa presunção. O encontro com as árvores recorda-me a perfeição da matéria de que somos feitos, da lei da vida e da morte, das capacidades de ser raíz, de ser projeto, de ser forte, de ser flexível, de contemplar, de existir sem julgar, de proteger, de inspirar! O encontro com a floresta lembra-me do medo do escuro, do medo da luz mas também da resiliência perante as tempestades. 

O encontro com a Natureza também é o reencontro com a natureza humana, colectiva e individual. É o regresso à nossa natureza selvagem, à nossa natureza original, à nossa verdadeira natureza. Não é por acaso que utilizamos a palavra natureza para o planeta e para a nossa forma de ser, que às vezes deixamos que se perca em prol da sociedade. 

Sensibilizar para a conservação da Natureza não é ser solidário com uma causa nobre, filantropo ou caridoso. É reconhecer que fazemos parte dela e que ela faz parte de nós, que somos responsáveis pelo mundo em que vivemos, que somos uma ínfima parte mas também uma parte gigante se nos unirmos.

Zito, cada vez que mobilizas uma pessoa que seja para partilhar esta tua paixão, esta cresce e chega mais longe. É contagiante. Cada vez que uma porta se fecha, ela fecha depois de te ouvirem. A semente fica lá. O resto é com a Natureza... Como sempre.

Texto Rita Nobre Luz
Fotografias Zito Colaço