segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

26#I Love Trees Portugal - Junta-te a nós!



“Paixão. Casa. Abrigo.

Existe aquela atração imediata quando uma àrvore nos convida a entrar no seu interior. Quando o nosso corpo pertence ao tronco que nos acolhe, envolve e nos devolve a nós mesmos. Quando uma àrvore nos toca a alma, e tocam melodias de outras vidas, numa explosão de alegria irrecusável, incontrolável e deliciosa. Quando há sussurros de outras almas milenares, fora do tempo, dentro do momento presente e de todas as pequenas e preciosas partículas de que são feitos os sonhos…”




“Prazer. Entrega. Fusão.

Os vínculos na natureza soltam as amarras que aprendemos de fora para dentro. As àrvores milenares arrancam de nós o melhor que trazemos por dentro, deixam fluir a vida, encostam-se a nós como quem agarra a garra que por fora, corre sempre o risco de extinção. Fica instalado o sentimento de pertença. O laço. A vontade de ficar. O toque, a mistura do que somos e do queremos ser. Evidencia-se a sinergia dos apegos e da liberdade em perfeita harmonia. O mundo natural que envelhece em cada um, ano após ano, renasce como as fadas, em cada riso que é despertado em nós, no colo da floresta.”



“Amor. Tranquilidade. Compromisso.  A relação com a floresta é para sempre. Vem de sempre e está sempre presente. Caminho pela cumplicidade de cada dia que acrescenta, em cada passo, uma altura crescente, traduzida em novas perspetivas. Sabedoria de quem, com raízes antigas, persiste em ficar inteira e fiel à sua essência. A estrutura sólida sustém as ameaças inevitáveis da selva humana que nos caracteriza. Crescemos e a dimensão dos sentires e dos significados do que sentimos transforma-se numa maturidade tranquila que assume ser o que é. Àrvores que emanam palavras, as secretas, as que de tão preciosas, cristalizam e às vezes quebram na sua fragilidade e brilho próprio. Fé. Esperança que mesmo quebradas as palavras fluam em ramos que se entrelaçam e se apoiem, sem ferir. Que o Amor possa florescer em todos os mil anos que se repetem nestes momentos soltos e genuínos da Natureza.”
Textos Ana Carina Sanches
Fotografias Zito Colaço

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