Uma Italiana na Margem Sul
Num domingo qualquer do começo de verão, partimos à descoberta da Margem Sul. Lisboa fica do outro lado do nosso olhar, que irradia ainda a sua luz branca sobre o azul do Tejo, mas já fica para trás de nós. Passando debaixo da sombra do Cristo Rei, paramos um momento para festejar o regresso dos golfinhos nas águas do rio, logo vamos rumo ao oceano. Não à Caparica dos amantes da praia e dos surfistas.
Fora das rotas do turista, há uma pequena aldeia de pescadores e das suas mulheres. Ruas que lutam pela sobrevivência, contra a arrogância da areia das dunas, que tudo querem tapar; casinhas de madeira coloridas, um bar de pescadores a olhar para nós, uma boutique, das jeitosas e uma 5 Avenida para causar inveja à sua homónima do outro lado do oceano.
A Cova do Vapor é uma ponta de terra onde o progresso tem a cara rugosa de velho pescador que de mudar de pele não quer saber.
Texto Barbara Tellini
Fotografias Zito Colaço
Una italiana nella Margem Sul
In una domenica di inizio estate, partiamo alla scoperta della Margem Sul. Lisbona rimane sull'altra sponda del nostro sguardo, irradia ancora la sua luce bianca sull'azzurro del Tejo, ma ormai ce la siamo lasciata alle spalle. Passando sotto l'ombra del Cristo Rei ci fermiamo giusto un attimo per festeggiare il ritorno dei delfini nelle acque del fiume, poi andiamo decisi verso l'oceano. Non alla Caparica degli amanti della spiaggia e dei surfisti. Fuori dalle rotte del turista c'è una piccola aldeia di pescatori e delle loro donne... Vie che lottano per la sopravvivenza, incalzate dall'arroganza della sabbia delle dune, che tutto vuol coprire; casette in legno dai colori vivaci, un bar di pescatori a guardarci, una boutique das jeitosas e una 5 Avenida da far invidia alla sua omonima dall'altra parte dell'oceano. La Cova do Vapôr è un lembo di terra dove il progresso ha il volto rugoso di vecchio pescatore che di cambiare pelle non ne vuol sapere.
Testo Barbara Tellini
Fotografie Zito Colaço
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