"Leve, deixo-me levar pela saudade, e regresso. Há sempre qualquer coisa que se perde, e que se ganha, faz parte da essência da viagem. Belíssima a Terra nas suas imperfeições, volto cada vez que nos desejamos... Então, na floresta, ouço as árvores falarem com o vento da beleza perdida mas nunca esquecida e, sendo assim, sempre viva. Ouço o mar, que entre as rochas sussurra e chega ao pé de mim para contar as suas histórias de mar e terra sempre em luta. E sinto as vibrações das pedras que tocam a sua música antiga.
Brinco, amo, alimento-me do ímpeto das raízes da Terra e das águas do mar, até regressar à minha natureza etérea e lunar, inconstante pela alternância da noite com o dia, até o próximo regresso."
Texto Bárbara Tellini
Fotografias Zito Colaço
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