Os golfinhos ou delfins são animais cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, sendo que existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis.
São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biossonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.
Predadores
Os predadores dos golfinhos são os tubarões e principalmente o homem. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre um mutualismo. O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém, muitas vezes, os golfinhos acabam se enroscando nas redes, podendo morrer.O comprimento das redes, além do necessário, assim como a poluição, também aumentam a predação.[1]
Pesca de golfinhos
Em muitos locais do mundo os golfinhos são pescados, sendo o Japão um dos principais países onde esta prática se mantém, embora os animais "pescados" neste país seja muitas vezes vendidos para outros países, principalmente China e EUA.O principal motivo desta pesca é para alimentação, como um substituído para a carne de baleia, quando estas começaram a se tornar raras. Porém muitos golfinhos e orcas também são capturados para se tornarem "atrações" em parques aquáticos, sendo que muitos pescas são organizadas para este fim. Porém, mesmo nestas pescas que procuram capturar animais vivos, muitos golfinhos acabam mortos ou feridos, devido as técnicas usadas na captura, além disso, os animais que não servem para se tornarem "atrações" nos parques, acabam sacrificados para serem vendidos como carne de baleia. E mesmo os que "sobrevivem" a pesca, não estão garantidos, pois muitos não se adaptam à vida em cativeiro e acabam adoecendo ou mesmo morrendo, além de que a maioria dos parques marinhos não tem condições de suprir todas as necessidades destes animais.
Uma pesquisa realizada nos EUA também demonstrou que a longevidade destes animais decai muito em cativeiro. Para piorar a situação, a reprodução deles em cativeiro é quase impossível, o que torna a pesca de golfinhos "indispensável".
Entre 700 e 1,3 mil toninhas morrem anualmente em redes de pesca no estado brasileiro do Rio Grande do Sul e no Uruguai, segundo dados do Instituto de Oceanografia da FURG. Ameaçadas de extinção, elas estão classificadas como vulneráveis na lista vermelha da (IUCN).
Alimentação
Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixes e lulas, mas alguns preferem moluscos e camarões. Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pela excreções químicas dos peixes, presentes na urina e nas fezes.Ecolocalização
Quando o som atinge um objeto ou presa, parte é refletida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.
Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais frequência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente.
A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objeto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objeto ou presa. Esses fatores tornam a ecolocalização do golfinho muito superior a qualquer sonar eletrônico inventado pelo ser humano.A temperatura dele varia com a da água 28 a 30 °C.
Sono
Os golfinhos por serem mamíferos e apresentarem respiração pulmonar devem constantemente realizar a hematose a partir do oxigênio presente na atmosfera, tal fato obriga os golfinhos e muitos outros animais aquáticos dotados de respiração pulmonar a subirem constantemente à superfície. Uma das consequências desta condição é o sono baseado no princípio da alternação dos hemisférios cerebrais no qual somente um hemisfério cerebral torna-se inconsciente enquanto o outro hemisfério permanece consciente, capacitando a obtenção do oxigênio da superfície.Fotografia Zito Colaço
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